Se durante a semana há uma maior movimentação comercial e isso afasta algumas atividades do centro da cidade, o vazio dos finais de semana tem efeito contrário. O local virá um circo de horrores. Um exemplo são adolescentes sendo exploradas sexualmente em bordéis e bares que existem na cidade de Bacuri, atrás do prédio da Prefeitura. “Não estamos mexendo com ninguém, mas se alguém se meter com a gente, vai ter”, afirmou E.L, de 14 anos, que estava ameaçando jogar um coco verde em quem fotografasse ela se prostituindo pela manhã.

Na Rua, no centro, muitas das colegas de E.L. são vistas drogadas com outros rapazes quando começa a escurecer, a partir das 18h. Em um ponto ou outro da região havia, ontem, um jovem acendendo seu cigarro de maconha.

Em outro local, nova cena. “Não é o que tu está pensando, não. É fumo”, fala o lavador de carros G. da Silva, quando percebe estar sendo observado puxando, forte, um cigarro de maconha que segura com a mãe esquerda.

Por trás da Prefeitura de Bacuri, os traficantes de pedras  de maconha que também lavam e guardam os carros falam sem cerimônia sobre a venda de drogas e encostam em veículos que passam pelo local para vender entorpecentes. “É como se o tráfico de drogas fosse liberado no Brasil”, comenta Luciana Nunes, que passava por trás do prédio da Prefeitura de Bacuri.

Na manhã de domingo, quando os órgãos públicos não colocam seus fiscais de plantão para averiguar irregularidades, o caos fica completo.