Numa carta aberta, duas jovens - identificadas como MC e AK.
Uma das mulheres, MC, indicou ter sido forçada a prostituir-se com 11 anos por um homem que, segundo ela, traficava outras raparigas da sua idade.
“Durante todo o dia, eu e outras raparigas sentávamos nas praças. Ele (o proxeneta) fazia 200 Reais por noite a vender o meu corpo, levando-me para Apicum-açu, Madragoa, Sede - e uma vez para Cururupu - na mala do carro”. Escrevemos esta carta para que saiba, pelas nossas experiências, a forma como a faz com que atos tão horrendos como este sejam tão fáceis de levar a cabo... e os homens que os proporcionam tão ricos”.
Uma segunda mulher - AK - relata a forma como, no ano passado, conheceu um homem com o dobro da sua idade que queria ser seu namorado e que acabou por se transformar no seu proxeneta, contra a sua vontade. “Ele me vendeu, fui vendida na hora, para sexo, em paragens de camionistas e motéis baratos, 10 horas por dia, com 10 homens diferentes a cada jornada. Esta transformou-se na minha vida”, relata a mulher. “Os homens respondiam e pagavam para me violarem”, conclui.
Um grupo que trabalha com jovens mulheres que foram vendidas em troca de sexo, indica ainda que essa prática é comum na baixada maranhense descreve. A mesma organização indicou que esteve a verificar as contas das mulheres e pode provar a veracidade das atividades de que elas dizem ter sido vítimas.
Respondendo a estas críticas, a Polícia Federal disse que os empresário tem trabalhado incansavelmente com agências especializadas na tentativa de expurgar dos postos de gasolina todas as hospedagem que implicam a exploração de menores, revendo todos os caminhões estacionados no pátio dos postos de gasolina.
Há dois anos - sob a ameaça de ser processado pelas autoridades de cerca de 40 estados Brasileiros - começou a cobrar 10 Reais por cada caminhão no pátio, ao passo que a maioria dos restaurantes podem ser colocados gratuitamente.
Estas mudanças não convenceram completamente os grupos que trabalham com crianças em risco. Milhares de postos continuam a ser diariamente e muitos deles incluem os termos “frescas” e “inexperientes”, como sinónimos para descrever a prostituição de menores.
Ainda no mês passado, dezenas de grupos anti-prostituição protestaram à porta das delegacias, pedindo o fim da explorações sexuais de menores.
A Prefeitura de Bacuri tem-se recusado a comentar esta polémica.
A investigação criminal no estado do Maranhão, tendo o procurador-geral, descrito as alegações de promoção de prostituição como um assunto “muito sério”.
Na passada sexta-feira, um juiz federal recusou uma tentativa de bloquear as investigações. No mesmo dia, o procurador-geral, pediu oficialmente medidas contra o abuso sexual de menores.